Saudações,
Raphael Rabello e Dino 7 Cordas
Mais do que um instrumento, o violão de 7 cordas brasileiro representa uma linguagem, um
estilo, uma postura . Sua marcação na região grave, ora pontuando as notas da
harmonia, ora tecendo frases contrapontísticas com a melodia, a chamada baixaria, contribuiu de forma
determinante na condução e caracterização de diversas danças que compõem o
choro. Aqui, na música brasileira, a história do instrumento também se confunde
com a história de instrumentistas. Mas o violão com 7 cordas não é exclusividade da música
brasileira e muito menos do nosso tempo. Ele já apareceu em outras culturas e épocas.
7 CORDAS PELO MUNDO
Os instrumentos da família das
cordas, em suas variações, já são usados
há milênios por diversas culturas e somente nos últimos 2 séculos que se chega
à uma forma considerada definitiva para o violão. O próprio violão, em sua
forma clássica como conhecemos hoje, com 6 cordas, é derivado (com o acréscimo
de uma corda) da tradicional guitarra de cinco ordens (cinco pares de cordas)
que existe ainda em nosso dia a dia como
a “abrasileirada” viola caipira.
cordas, em suas variações, já são usados
há milênios por diversas culturas e somente nos últimos 2 séculos que se chega
à uma forma considerada definitiva para o violão. O próprio violão, em sua
forma clássica como conhecemos hoje, com 6 cordas, é derivado (com o acréscimo
de uma corda) da tradicional guitarra de cinco ordens (cinco pares de cordas)
que existe ainda em nosso dia a dia como
a “abrasileirada” viola caipira.
Os primeiros dados de aparição
do violão de 7 cordas que se tem notícia, hoje, vem do período romântico. O
renomado violonista e compositor Napoleon Coste (1805 – 1883) foi o responsável
por projetar, em conjunto com o Luthier Lacote um modelo de violão que dispunha
de uma corda suplementar. Denominado de heptacorde,
esse instrumento dispunha de uma corda suspensa, não passando pelo braço do
instrumento e assim, não podia ser pressionada pela mão esquerda. Essa corda
era afinada de acordo com a tonalidade da peça a ser executada e podia variar
entre o SIb e o MIb , sendo o DO e o RE as tonalidades mais usadas.